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Channel: Comentários em: A manha
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Por: rui tavares

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queerdude:

conheço o Niall Ferguson – embora ainda não o livro que cita. leio-o com algum interesse. é talvez o maior apologista do império britânico na actualidade; às vezes parece que não há nada de bom que não tenha saído do império britânico. gandhi é bom, logo gandhi é típico produto britânico? uma visão geral da sua vida não permite comprovar nada disso; o próprio nunca afirmou nada nesse sentido. é um produto pouco típico, que não é só nem muito menos principalmente britânico.

nongoloza: desculpe se dei a ideia de que o VPV tivesse falado especificamente na Afr. do Sul. Mas ele insistiu “produto típico do império britânico”. Império, ou seja, metrópole+colónias, o que inclui as duas fases, inglesa e sul-africana, da vida de Gandhi. Como disse, não nego a importância dessa experiência, mas isso não faz de um erudito e pensador do hinduísmo, perfeitamente imerso na sua cultura de nascimento e muito aberto à literatura global da época, um “produto típico do império britânico”. É redutor e até um pouco ingénuo dizer uma coisa destas.

Quanto à atipicidade da África do Sul, eu referia-me, como é evidente, às lutas contra colonos europeus (as duas guerras dos boers, e Gandhi participou como maqueiro na segunda como tentativa de garantir direitos cívicos aos indianos), a unificação tardia do país (em 1910, quatro anos apenas antes de Gandhi regressar à Índia) e a importância política dos africanderes.

Imagino que o Canadá e a própria Índia pudessem ser apresentados como os exemplos mais paradigmáticos do império. Mas não sou tão conhecedor que não possa estar aqui a cometer um erro.


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